Colaboração em Saúde: a importância das comunidades

colaboraO assunto merece toda atenção que tem recebido e, no caso específico da Saúde, há ainda um campo muito fértil a ser explorado. As comunidades são consideradas, atualmente, o melhor exemplo de colaboração em saúde graças à contribuição na troca de informação e conhecimento entre gestores, profissionais de saúde, prestadores e pacientes e na realização de ações de prevenção bem sucedidas.  Elas também desempenham um papel importante na capacitação de profissionais e na gestão de reputação e relacionamento.

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Aplicação geotecnológica aproxima prefeitura e cidadão

GISDesenvolvida para municípios, plataforma “Civitas” permite interação da população com gestão pública em prol de melhorias contínuas para diversas demandas urbanas.

Para o gerente de Arquitetura de Soluções da Imagem, Samuel Guedes Mota, “O grande benefício é justamente aproximar prefeitura e cidadãos, tornando a administração municipal mais eficiente, ágil e transparente, permitindo uma gestão mais participativa e democrática”.

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Governo Ágil: um mundo possível

agileneweraO Manifesto Ágil não é apenas referência para desenvolvimento de software. Mas, também de gestão que, no caso do Setor Público, pode fazer toda a diferença. Na página AgileGov, do blog, há uma série de posts e exemplos sobre o assunto. Em um Governo Ágil, transparência, dados abertos e participação popular são fundamentais para transformar a realidade e criar cidades melhores. É uma forma inovadora de governar, através do uso inteligente da Tecnologia e de práticas ágeis de gestão, colaborativas e adaptativas para potencializar o resultado de suas ações e o diálogo com a população.

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A importância da Governança de Dados

banco_dadosEmbora não seja um conceito novo, seu surgimento ocorreu na década de 90, a Governança de Dados se modernizou e ganhou musculatura em tempos de Big Data. O brilhante artigo de Rossano Tavares, professor de pós-graduação da FIAP e presidente do capítulo brasileiro da DAMA – Data Management Association, explica sua importância e utilidade prática para as empresas, onde, segundo estimativas recentes, 40% das decisões ainda são tomadas na base da intuição.

Para Tavares, a Governança de Dados veio para mudar isso “organizando os dados circulantes dentro das empresas para transformá-los em informações para tomada de decisão, trabalhando com todas as áreas e funções que manipulam dados, que deverão ser explorados pelas ferramentas de inteligência e pelos usuários, permeando assim todos os processos da organização”.

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Combinando PES com JAD e USM para Levantamento de Requisitos

good-requirementsPES – Planejamento Estratégico Situacional, metodologia idealizada pelo chileno Carlos Matus, é amplamente adotada pelo Setor Público e influencia diretamente na definição de ações, planos e metas de governo. Nos últimos anos houve considerável evolução na adoção, pelo setor, de boas práticas e metodologias referendadas pelo mercado, porque TI passou a ser vista como estratégica para a Gestão Pública. Porém, em uma velocidade menor do que poderia ser. Uma forma eficiente de facilitar a introdução e uso de metodologias, sobretudo ágeis, é combiná-las ao PES.

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ECM + PEP para gestão da Saúde

PEPO ECM é a tecnologia ideal para a Saúde, área que lida com enorme conteúdo de informação: imagens, sinais e arquivos dos mais variados formatos só para citar alguns. Mas, se além de organizar conteúdo, houvesse uma plataforma de ECM que permitisse integração eficiente com outras aplicações através de web services, fosse simples de usar e de rápida implantação e custo reduzido? Saiba que esta plataforma já existe sendo utilizada por 2.500 organizações em 55 países, incluindo o Brasil. Trata-se do Alfresco, uma plataforma de ECM robusta e flexível ,baseada em código e padrões abertos.

A integração entre ECM e PEP – Prontuário Eletrônico do Paciente traz enormes benefícios para a gestão da saúde. Pensando nisso, Alfresco e Web2doctors, solução  de prontuário eletrônico configurável com workflow, uniram forças para apoiar a gestão de todos os departamentos de uma clínica ou hospital,  conectando-se aos sistemas de gestão existentes para atualizar dados financeiros e assistenciais e para autorização de procedimentos médicos através do padrão TISS da Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS, tornando os processos transparentes para todos os envolvidos. Para saber mais sobre a solução leia o white paper (em pdf) ECM + PEP COM ALFRESCO E WEB2DOCTORS

Colaboração em Saúde

maosMuito já foi escrito sobre colaboração. O assunto merece toda atenção que tem recebido e ninguém mais desconhece suas vantagens. Apesar disso, e de experiências bem sucedidadas no contexto do SUS, muito ainda pode e deve ser feito, em termos de colaboração, em prol da saúde, como, por exemplo, no Controle Social (Conselhos de Saúde) e na Capacitação/Educação Permanente de Profissionais de Saúde. Ambos são atores importantes na cadeia de serviços públicos de saúde e carentes de ações colaborativas, que por sua vez, podem contribuir muitíssimo para a disseminação de conhecimento e para a realização de ações de prevenção bem sucedidas.

No caso dos Conselhos de Saúde, a colaboração ajuda a entender melhor “alguns aspectos da dinâmica entre informação e participação em saúde, na qual uma cultura da informação e uma cultura de controle social se alimentam e se influenciam mutuamente” (MARCONDES, 2009). Na capacitação de profissionais de saúde, a aprendizagem e a consequente melhoria no atendimento são altamente favorecidas. De um lado, profissionais capacitados atuam de forma mais segura e mais focada em prevenção, ajudando os pacientes  a desenvolverem uma postura preventiva,  muito mais eficiente que a reativa, onde a procura por ajuda especializada só ocorre quando algo de errado, desagradável ou incomum é identificado. Por outro lado, os pacientes sentem-se mais confiantes quando atendidos por profissionais mais preparados e tendem a acatar melhor a orientação deles. É o que comprova o estudo realizado pela Consultoria TerraForum (2009), que constatou que “a dinâmica colaborativa entre profissionais, propicia a disseminação de informações que favorecem a melhoria na qualidade de vida dos pacientes, além da criação de novos conhecimentos, importantes no desenvolvimento de novos tratamentos e soluções para a saúde, em uma perspectiva muito mais voltada para a atuação preventiva”.

Exemplos não faltam. No âmbito governamental, ações como o Programa Telessaúde Brasil (com foco na Atenção Primária, através do estudo de casos e da capacitação das equipes de Saúde da Família) e a Campanha o Brasil Livre da Rubéola, provam de que o uso de recursos colaborativos como vídeos, chats, blogs e redes sociais ajudam muito na conscientização da população e na prevenção de doenças. Aliás, a própria população tem se organizado através de comunidades como a Care Pages, onde pacientes compartilham histórias, trocam experiências, informações e mantém uma rede permanente de apoio de amigos e familiares. Desta forma, promover o uso de ferramentas de colaboração que atendam esta demanda são mais  que oportunas. Alfresco e Moodle podem resultar em projetos de colaboração robustos e aderentes à realidade dos estabelecimentos públicos de saúde na capacitação de seus profissionais. A integração ocorre através de um plugin do Moodle (plataforma livre de e-learning), ao Alfresco,  solução opensource de ECM (gerenciamento de conteúdo),  permitindo a criação de um ambiente robusto e intuitivo de aprendizagem.

Na mesma linha está a Noosfero, ferramenta para a criação de redes sociais com blog, portfólio, RSS, entre outras funcionalidades. A Plataforma Freire (ambiente de aprendizagem do Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica, gerido pela CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), por exemplo, foi desenvolvida com o Noosfero pela empresa baiana Colivre – Cooperativa de Tecnologias Livres. Pela suas características, é uma solução sob medida para o desenvolvimento de uma rede ou mesmo de uma plataforma de integração entre os conselhos municipais e estaduais de saúde.para troca de informações entre conselheiros, gestores e profissionais de saúde e cidadãos.

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Referências:

MARCONDES, Willer Baumgarten (2009). DATASUS e conselhos de saúde: diálogos entre os sistemas de informação em saúde e o controle social in A Experiência Brasileira em Sistemas de Informação em Saúde – Volume 2: Falando sobre os Sistemas de Informação em Saúde no Brasil. Brasília: Ministério da Saúde, OPAS – Organização Pan-Americana da Saúde, FIOCRUZ – Fundação Oswaldo  Cruz.

TERRAFORUM Consultoria, 2009. Saúde 2.0: Impulsionando transformações na saúde. Disponível em http://biblioteca.terraforum.com.br/BibliotecaArtigo/Saude_2.0.pdf.

PEP: de Hipócrates aos dias atuais

american doctor with notebookDepois de pesquisar e organizar material para o meu pré-projeto de mestrado (que infelizmente não inscrevi a tempo) descobri muita coisa interessante sobre PEP – Prontuário Eletrônico do Paciente.  O que, profissionalmente, tem sido muito útil, uma vez que estou envolvida em um projeto desse tipo no momento.

O uso do prontuário médico é quase tão antigo quanto o exercício da própria medicina. Os primeiros registros médicos de pacientes, segundo MASSAD (2003), datam do século V (idéia fortemente defendida por Hipócrates). Ainda, segundo ele, a palavra prontuário, é originária do latim promptuarium e, significa ”lugar onde se guardam ou depositam as coisas que se pode necessitar a qualquer instante” e possuía dois objetivos básicos: analisar o desenvolvimento da doença e apontar suas possíveis causas.

De lá para cá o prontuário agregou outras informações e hoje tem um papel fundamental. Na definição do CFM – Conselho Federal de Medicina um prontuário médico é um “documento único, constituído por informações, sinais e imagens registrados a partir de fatos, acontecimentos e situações sobre a saúde do paciente e a assistência a ele prestada, com caráter legal, sigiloso e científico, utilizado para possibilitar tanto a comunicação entre os membros de uma equipe multiprofissional como a continuidade da assistência prestada ao indivíduo.”

Nota-se por estas características que o prontuário reflete a dinâmica dos pacientes.  Ou pelo menos, deveria. A população é flutuante, ou seja, em movimento contínuo. Pessoas nascem, adoecem, morrem ou se reestabelecem todos os dias. O problema sempre foi o suporte. O papel nunca foi flexível o bastante para atender essa dinamicidade. O meio eletrônico, sobretudo com o surgimento da internet, é o suporte ideal para que o prontuário finalmente possa exercer essa característica plenamente. Ou seja, trocar o status de repositório de informação pelo o de ferramenta de tomada de decisão. Ou, novamente citando Massad (2003), pelo o de “um documento dinâmico capaz de subsidiar e nortear as atividades dos profissionais que dele fazem uso”.

É muito provável que, em especial devido ao momento profissional que estou vivendo, que várias menções ao PEP  (ou posts relacionados a ele ) tornem-se frequentes no blog. O fato é que o assunto rende. Há uma crescente literatura sobre ele disponível na web e fora dela.

Como integrante de um sistema de informações em saúde, o PEP faz toda a diferença. E torna tudo mais complexo também, em termos de desenvolvimento. Desenvolver um sistema de informações em saúde não é tarefa simples.  É árdua, pois além de ser utilizado por uma equipe multidisciplinar de profissionais e de auxiliar a tomada de decisão nas esferas clínica e administrativa, ele precisa ser aderente à realidade local. Com a presença do PEP torna-se completo como ferramenta de gestão, já que permite aos gestores:

1. Eficiência: consistência das informações e aderência às especificidades;

2. Melhoria: de processos e de gestão;

3. Mudança: de realidade, de satisfação dos usuários (elevação);

4. Controle: custos e recursos.

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Referências:  MASSAD, Eduardo, MARIN, Heimar de Fátima (2003). O prontuário eletrônico do paciente na assistência, informação e conhecimento médico. São Paulo: DIM-FMUSP/NIEN-UNIFESP /OPAS.

                                  PAVANI, Luana (2007). Como gerenciar bons contratos com fornecedores in INFO CORPORATE – Anuário de tecnologia e serviços. São Paulo: Editora Abril.

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